quarta-feira, setembro 13, 2006

("Triste história do Guga")

(Ou "Pax et têcum")

Lá embaixo, as tocas estavam habitadas
e hoje, dias depois, ainda que inverno,
calor se faz, como inferno
e, com tudo, hiberno, penso, pois é a estação do frio,
e estou com insônia _ à plena -- e que plena! -- luz de dia.

Até as esmeraldas reluzem
nas copas das árvores
com uma tristeza de como quem não esperava
tal ... tais ânimos faltosos, e eu ...
os ânimos não faltam somente do sul, para estes trópicos.

Procurei aquela que me deveria curar
e seus espinhos me feriram fundo;
não a procurei e, como se armada de ferrão,
qual elfo às portas do paraíso,
impiedosa, me disse: "Bons Dias!"...

(Respondi, em vil latim... "pax et têcum".)

3 Comments:

Blogger Thiago said...

Bom dia! Belo poema...triste...com uma pontinha de ironia, a meu ver. Bem, mal sabia que havia uma moça em sua vida...te desejo sorte.

Thiago

quinta-feira, setembro 14, 2006  
Anonymous Anônimo said...

Esta cura está em alguém ou em ti mesmo?

sexta-feira, setembro 15, 2006  
Anonymous Anônimo said...

Que belíssimo poema!
Que domínio de palavras e contextos!
Parabéns! Parabéns! Parabéns!
Tenho orgulho de sua verve...

sábado, setembro 16, 2006  

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