quinta-feira, outubro 19, 2006

(rindo de mim mesmo)

É engraçado...

Estive lendo as últimas, por aí, dez publicações. Interessante observar a volatilidade de meus humores... Penso que tenho uma vida tragicômica. Talvez seja alguma influência de Tito Máquio Plautus... Estou lendo uma peça do autor, de título "A corda" ("Rudens"). (Não tem tradução pra português, mas tem em francês, em italiano, e em inglês, e deve ter em espanhol, embora, confesso, não procurei.)

Voltando ao motivo inicial do riso... A vida dá voltas, e, uma semana, estou na fossa, por causa de alguma garota que me tenha, por desventura, cometido estupidez pra comigo, que meu deus a perdoe!... e na semana seguinte, rindo de mim mesmo, por ver as coisas que anotei, nas semanas que se passaram.

Alguém me disse que isso ocorre numa outra composição... Zorba, o grego. Ainda não vi este. Mas tenho uma referência vaga ao acontecimento, pois tenho uma índole parecida com a de Brancaleone: outro dia, estavam assistindo, aqui em casa, e eu peguei apenas o finalzinho do filme. Brancaleone tem tudo muito bem planejado para acabar com todos os muçulmanos, na invasão de seu recém-tomado-para-si castelo. E o fidalgo passa a explicar em pormenor todo o seu mirabolante plano, aos seus vassalos e serventes, que a tudo assistem como quem há de pensar "acho que ele sabe mesmo o que está fazendo!". Em que está ele concluindo sua extraorinária e extraordinária mente engenhosa e ulisseica artimanha que acabará com todos os inimigos de uma só vez e sem grande dificuldade, alguém tropeça em algo, e o fidalgo é o primeiro a cair na própria armadilha. Na cena seguinte, estão todos pendurados em cordas, prestes a serem empalados...

Eu pareço bastante com isso: sempre vai dar tudo certo, e eu geralmente sou o primeiro a cair no buraco!...

Acho que eu deveria chorar. Contudo, ao ler as publicações recentes do blog, observo que só consigo rir um pouco.

&, com o voltar-me para o Brancaleone da Nórcia, quedar-me pensativo...

[agora imagine-se um homem esquálido, em posição de "o pensador"]_

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Pôxa, brilhante a sus descrição do episódio hilariante de Brancaleone da Nórcia, uma das obras primas da comédia.
Quanto a Zorba, o grego, outra preciosidade. O fato de se rir ao invés de chorar é a expressão máxima de uma observação completamente isenta (será que ela existe?) quanto a si mesmo e todos os seus planos.
Zorba é, em sua mais pura realidade a prova de que o homem ainda tem no riso a sua principal arma de defesa.
Portanto ria, o riso afasta a carga dos fracassos, transformando-os em reles comédias da vida...

sábado, outubro 21, 2006  
Blogger PIXOTE said...

Rir é o melhor remédio!!! para tudo na vida!!!
ria sempre de tudo que faz, principalmente quando está triste... o segredo é colocar um sorriso nos lábios levantar a cabeça e ir em frente....

domingo, fevereiro 25, 2007  

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