sábado, agosto 18, 2007

06*13, tablínio

06*13, tablínio
Encalhado na ilha do King Kong ...

Quando disse a uma conhecida que estava me sentindo como que o navio encalhou, ela se importou, e se inquietou, e, quando concluíamos a conversa, disse ela que "ficar encalhado não é coisa boa ...".
Pensando com os meus ... Com o meu botão, eu até concordo com ela que pode parecer lúgubre, num primeiro instante.
O meu problema, contudo, não é, em exato, encalhar. Não tenho problema em viver numa ilha deserta. O problema é quanto a que ilha será essa, onde o barco foi parar ... Pois, uma ilha caribenha parece um lugar amistoso, mas tem lugares no oceano Pacífico mítico que eu não recomendaria.
Onde foi parar o desconhecido daqueles dias, dos fins do XIX, para início do XX? Lugares para onde ... fugir, quando se está desesperado? Pois os homens de então se enfiavam nas áfricas adentro, e encontravam civilizações perdidas, e tesouros, onde, hoje, só temos mato, e tribos esfomeadas. Ou se enfiavam em buracos, e encontravam passagens para mundos maravilhosos, habitados por dinossauros e cheios de tesouros, ou de aventuras. Ou, ainda, iam para a lua, e pousavam ali, e faziam morada em lugares extraordiários, com foguetes viajavam pela galáxia que, hoje, é distante, e não passa de ilusão querer alcançar, sequer, a estrela vizinha ...
Como podemos viver aventura num mundo de ciência onisciente?Onde está a aventura dos meus dias?

1 Comments:

Blogger Jonga Olivieri said...

É um fato realmente curioso este da imaginação romântica, principalmente na "era Vitoriana" e no início no século XX acerca de uma África que não tem nada a ver com o que ela é de fato.
Cresci lendo os livros de Tarzan, do escritor estadunidense Edgar Rice Burroughs. É engraçado observar o seu total desconhecimento sobre o continente africano.
Alí, ele insere "civilizações perdidas" de todas as origens. Seu desconhecimento do que era a África o fêz "viajar" por uma região imaginária, cuja descrição tem mais a ver com a floresta amazônica do que com o próprio continente a que ele se referia.
Mas não era só ele. "As minas do rei Salomão" é outro exemplo deste prisma romântico-irreal vingente à época.
Hoje, na era da TV, do "Discovery Channel" e outros canais da mídia, a visão real do mundo é muito mais forte e evidente.
Em parte isto é muito bom. Mas, diria eu, aquele mundo irreal do imaginário popular sobre o que era então desconhecido, pelo menos possibilitava à aventura do "homem" trilhar caminhos absurdos por "mares nunca d'antes navegados"...
Robson Crusoe, apesar de tudo era muito mais real em sua ilha aparentemente deserta, mas habitada por canibais. Que existem até hoje, algures.

domingo, agosto 19, 2007  

Postar um comentário

<< Home