sexta-feira, setembro 07, 2007

06*18, b

06*18, b
Maneira completa, maneira incompleta

Há duas maneiras através de que se podem fazer as coisas: uma maneira justa, e uma maneira improvisada. Isso é bastante notável em modos de casamento, nestes dias, e ninguém se importa mais com isso, aparentes vistas. Pela maneira improvisada, um homem e uma moça começam a namorar (ou qualquer outro acordo frouxo), depois passam a morar juntos, e, em algumas circunstâncias, se casam (com papéis), depois de um tempo morando juntos. Isso é tido como modelo, apesar de que seja deturpação dos valores da lei. Pela maneira justa, um homem conhece uma moça, e eles começam a namorar. Depois, o homem vê que a moça é boa para ele, e ele propõe que eles se casem (com papéis), para que ela possa mudar-se para a casa de sua família ou, pelo que é mais próprio, para uma casa que vão fazer juntos. Pela lei, uma moça só pode se mudar para a casa de um homem quando eles são casados (com papéis). Mas as pessoas não se importam com isso, nestes dias.
Isso, porém, é relevante, pois afeta as vidas de todas as pessoas ao redor do casal. Querendo ou não querendo, um casal que se casou (ou que nem se casou) da maneira improvisada passa valores confusos para todas as pessoas ao seu redor. Do mesmo modo, um casal que se casou do modo justo, mesmo sem saber, vive como justo, e consegue ser confiado por todos os que desejam a justiça. (Inclusive alguns dos confusos, pois muitos dos que não se casaram, mas apenas passaram a viver juntos, nem sabem muito bem porque não se casaram, e, em seu íntimo, gostariam de ter feito a coisa do modo justo, apenas não tiveram senso moral para isso, e desprezaram a lei.)
Isso é assim, e é constatável.
Por exemplo, tenho um compe' emprestado, em casa. O compe' não é meu, mas é emprestado. Percebo que as pessoas que me o emprestaram gostariam que eu pensasse que "o compe' é meu", mas eu não consigo, porque acredito na lei, e na justiça, e sei que o compe' é emprestado. As pessoas não entendem porque me sinto assim. Eu me sinto assim porque conheço a verdade, não desprezo a lei, e tenho princípios morais.
Outro exemplo. Pessoas não entendem quando digo que não tenho a minha casa. É simples: eu moro na casa de meu pai, e não é a minha casa. Eu não tenho casa, pois sou um homem de trinta anos, sem emprego de profissão, e sem perspectivas na vida. Não estou conseguindo sequer me preparar para ir para a minha casa, como era quando eu estava empregado, pois, então, eu estava em movimento para ir para a minha casa, mas agora ... há um tempo sem emprego, já não estou nesse movimento, pois não tenho salário. Assim, quando digo que não tenho compe' em casa, algumas pessoas não reagem bem, pois há dois compes' na casa onde moro, porém: a. eu não moro na minha casa, mas na casa de meu pai; e b. um dos compes da casa não é meu, mas é emprestado. A maioria das pessoas não considera as coisas com esse grau de detalhe. Mas eu acredito nas coisas pequenas. Defendo a justiça, sem ser excessivamente justo. Vivo de maneira completa.

1 Comments:

Blogger Jonga Olivieri said...

Tudo bem, é o costume... acho que o costume dita o comportamento. O costume é a verdadeira norma das condutas na sociedade humana.

Mas, afinal, o que é "compe'". Sem saber,. não vou entender tudo...

sábado, setembro 08, 2007  

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