segunda-feira, dezembro 29, 2008

amargûra, #1

ou "Por que fui brincar de amar?"
~ ou ainda,

"CÂNTICO DE UM AQUEU AFLITO"

Estou cansado de sofrer
estou cansado de viver
como se não fizesse diferença
Estou cansado de viver
como se não fizesse diferença
viver ou morrer
Estou cansado de ser tratado
com a indiferença dos tolos
com a crueza com que os urbanos
(eu)
tratam os que pedem esmolas nas ruas
Estou cansado, porque não sou pedinte
não sou pedinte, não peço nada
não peço comida, não peço vida
não peço alegria, não pedi paz
não pedi nada mais do que a pena que me traz
a escrever o poço dos miseráveis que perderam
as tripas nas paixões malogras e insanas
das tristezas profanas que algum deus ignaro
despejou num mundo de fantasias e enganos
E eis que sofro, por causa
dos meus próprios erros
e não há deus a quem eu possa culpar
não há deus a quem eu possa recorrer
porque fui eu mesmo quem cavou a fossa
não sem arte ou sem alguma bossa
de escrever versos afins, para a tristeza mútua
de alguns
que penaram as mesmas coisas
que todos os que sofreram
de amores
infantis
e bons

sexta-feira, dezembro 26, 2008

chega de links ~

Pronto: Retomei a publicação folhetinesca de meu escrito (advirto: inacabado) de futurístico. Não colocarei link para a nova locação; os leitores interessados podem se comunicar comigo, que eu passo o link pessoal mente.

Cordiais passagens de ano!
2008 fica para trás,
2009 se aproxima,

& tenho eu apenas vaga e incèrta idé'a a respeito de üonde vou passar a virada ...

Por hoje, vejo-me, com tudo, demasiado melancólico para ensaiar qualquer espécie de anotações de cunho mais detalhado sobre o assunto. Vèro é dizer que já escrevi por demais, por demais, demais, demais ... (reticente ... como de costume.) ~

quinta-feira, dezembro 18, 2008

(sem título)

A vantagem de ser ninguém
é ter dívida apenas para com ninguém.

Ainda sou ninguém.
Se, algum dia, eu me tornar alguém,
conheço os nomes de cada sentença
que fizeram de mim o que sou,
ai de mim!
Terei algumas dívidas.

Por ser barroco, digo que não devo nada
a nenhuma pessoa!,
&, porém, cada cabeça terá a coroa
que por mim cabe a,
de graça,
entregar.

E, mesmo assim, advertirei, barroco:
"Tudo passa!"

Tudo não passa de pó.~